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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

De volta ao 7º andar…

Após ausência na minha escrita no blog, estou de volta para vos relatar mais alguns passos importantes na minha longa caminhada.
Continuando, regressei ao 7º andar – serviço de neurocirurgia, onde estava antes da cirurgia a que foi sujeito. Permaneci, no referido andar cerca de 8 dias, para melhor vigilância por parte dos médicos que me operaram e assim observarem como estava a recuperar, principalmente o andar, pois tive que aprender a andar, devido aos problemas já mencionados, em posts anteriores.
Da mesma forma, que ainda faltava retirar os 30 (!) pontos da cicatriz, como também faltava observar com grande atenção e expectativa como reagiria a bexiga, depois de algum tempo algaliado. Este ponto, era importante porque ao estarmos algum tempo com algália, a bexiga pode habituar-se e ser difícil voltar a urinar normalmente. Caso não acontecesse seria preciso fazer alguns exercícios (treinos) à bexiga.
No 7º andar, comecei a reabilitação com enfermeiros especializados nesta área, parecido ao que já tinha iniciado no 1º andar. Então, todos os dias pela manhã, realizava vários exercícios, mesmo deitado na cama, como levantar/baixar os braços, e fazia o mesmo processo com as pernas, embora sentisse grandes dificuldades, isto por não ter força nas pernas. Eram os possíveis, uma vez que ainda não me equilibrava em pé, contudo com o passar do tempo (muitos dias de reabilitação), iria melhorar. Do mesmo modo, que também fazia alguns exercícios a nível da respiração, para melhoramento da zona torácica.
Neste momento, já me sentia melhor, pois já não sentia tanto o receio de me movimentar e principalmente já conseguia me pôr numa cadeira de rodas para ir ao banho, principalmente para tomar um duche de chuveiro o que era óptimo, porque antes os duches eram na cama, o que torna extremamente inconfortável, mas não havia outra maneira.
Passados dois dias, principiaram por retirar alguns dos pontos da cicatriz, que no caso foram 15 pontos – metade. Também recebi a visita dos Drs. Pedro Lima e Gil Bebiano, que me informaram que tudo estava a correr a 100% e que apenas faltava ver como responderia a bexiga quando retirassem a algalia, o que iria acontecer no dia seguinte. Ao mesmo tempo, os médicos disseram que daí uns dias mudaria novamente de serviço. E que a partir daí seria acompanhado pelo Dr. Aveiro! Embora já me tivessem informado tal situação antes da operação, nunca questionei verdadeiramente qual a especialidade do Dr. Aveiro, também porque só pensava em recuperar e voltar a andar.
Pela tarde estava no quarto com meu pai, minha mãe e namorada e decidi perguntar o que seria que esse Dr. iria me tratar?! Então, que me meu pai respondeu que iria tratar do tumor que tinha na vértebra, que no meu caso seria um linfoma…!! A família já sabia, pois os Drs. tinham falado com eles, mas nunca me disseram, talvez uma maneira de me proteger. Para ser sincero, não me assustei ao saber que tinha um cancro para tratar, talvez por ignorância, por não estar informado e nem ouvia falar muito sobre a doença, talvez porque nunca tinha tido ninguém chegado com esse problema. Levei essa palavra (doença - cancro) como uma doença normal sem grandes riscos.
Porém, com o passar do tempo foi me informando, como é normal, e fui “caindo” em mim e apercebendo que é uma doença complicada, mas com grandes probabilidades de cura.
Amigo, por hoje será tudo, não me alongarei muito mais. No próximo relato-vos a fase em que me fui retirada a algália, como também continuava a reabilitação para voltar a andar.
Abraço

Um comentário:

Anônimo disse...

Podendo, não estejas tanto tempo sem escreveres. Ok? Um abraço alentejano

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