Avanço mais algumas situações nesta batalha, irei descrever momentos menos bons, onde consequentemente ia piorando até chegar à cadeira de rodas. Recordo que já tinha estado 8 dias internado na primeira vez…permaneci mais 15 dias na segunda hospitalização no 8ºandar…sem saber mais quanto tempo ficaria. Continuando o relato, esta foi a maneira como me levaram do 8º até ao 7ºandar. Eu uma vez que ia sentindo dificuldades em estar de pé, mas tinha mudar de serviço, descer um andar…hehe! Então, ou ia de maca ou sofria um pouco e ia pelo meu próprio pé. Falei com enfermeira e disse-lhe que queria ir pelo meu próprio pezinho e assim aconteceu. Porém, fui, mas fui agarrado a uma enfermeira, para que assim não me deixasse cair, pois já tinha perdido algum equilíbrio do corpo. Claro, mas antes informei-me junto do fisioterapeuta (homem com muitos conhecimentos) do clube (CFUnião), e perguntei-lhe o que achava dos médicos que me iam acompanhar agora…este disse que eram os melhores nesta área e eram muito atenciosos. Confiei e lá fui. Já sabendo que ia para serviço de neurocirurgia, mas sem grande noção do que era isso. Ao chegar, ao referido andar e ver uma placa a informar serviço de neurocirurgia…veio logo ao pensamento palavra cirurgia = operação. Comecei a questionar os Drs., neste caso Dr. Pedro Lima e Gil Bebiano – especializados em neurocirurgia, se o meu caso teria que ser submetido a uma operação!? A resposta era que primeiro iriam fazer certos exames para observarem o que estava na vértebra e então depois de analisarem tomariam uma decisão final. Falando do que poderia ser o meu problema, os médicos sempre me informaram que tinham algumas dúvidas se o que me invadia a vértebra seria uma hérnia ou outra doença. Para eles (médicos), até, talvez já suspeitavam de outra coisa, sem ser a hérnia…mas eles ao verem-me que me encontrava aflito por não andar normalmente, protegeram-me e falavam em um problemas menos grave (a tal hérnia). E Graças a Deus, tive sempre em cada andar dois Drs. a acompanharem-me. Sempre chorava, pois cada dia que passava ia-me apercebendo que possuía menos força nas pernas, o que se tornava muito complicado. À três meses atrás, jogava futebol e agora estava cada vez mais perto de uma cadeira de rodas. Cada vez mais, precisava da ajuda de terceiros (mãe, namorada, auxiliares e enfermeiros), para poder andar. Muitas das vezes era a namorada, pois esta desde o primeiro dia de internamento, em todo o tempo estava lá comigo. Para me acompanhar, como para ir falando com os Drs. da minha situação. Porque os médicos, nem sempre dizem aos doentes tudo. Até acho bem, pois o doente aí sente-se mal por estar hospitalizado e sabendo a doença (se é grave) pode piorar ainda mais. Voltando ao que me dificultava o meu andar e perder forças é o seguinte: era devido a algo estar a crescer junto a medula e estava a fazer pressão sobre a mesma, ou seja a medula estava ficando comprimida. É assim: a medula é a fonte de informação do cérebro para as pernas, como também para várias partes do corpo. Portanto, se está algo a fazer força sobre a referida medula, logo não há informação para as pernas e etc. Se não existe informação, as pernas não podem se mexer nem ter força. Era isto que me acontecia!
Por hoje será tudo, na próxima escrita, falo-vos o que me afectou mais devido a falta de informação, pois a medula estava sob pressão. E onde acabei por perder toda a força e por estar em cadeira de rodas.
Por hoje será tudo, na próxima escrita, falo-vos o que me afectou mais devido a falta de informação, pois a medula estava sob pressão. E onde acabei por perder toda a força e por estar em cadeira de rodas.
P.S: Amigos, podem ler um post que coloquei entre o tópico “Novo internamento 8ºandar…” e “Dias antes da transferência de serviço…do 8º para o 7ºandar!”. Pois o que lá pus, aconteceu entre esses dois “temas”.
Abraço, Bom fim-de-semana