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sábado, 31 de maio de 2008

7ºandar – ficando sem andar…

Avanço mais algumas situações nesta batalha, irei descrever momentos menos bons, onde consequentemente ia piorando até chegar à cadeira de rodas. Recordo que já tinha estado 8 dias internado na primeira vez…permaneci mais 15 dias na segunda hospitalização no 8ºandar…sem saber mais quanto tempo ficaria. Continuando o relato, esta foi a maneira como me levaram do 8º até ao 7ºandar. Eu uma vez que ia sentindo dificuldades em estar de pé, mas tinha mudar de serviço, descer um andar…hehe! Então, ou ia de maca ou sofria um pouco e ia pelo meu próprio pé. Falei com enfermeira e disse-lhe que queria ir pelo meu próprio pezinho e assim aconteceu. Porém, fui, mas fui agarrado a uma enfermeira, para que assim não me deixasse cair, pois já tinha perdido algum equilíbrio do corpo. Claro, mas antes informei-me junto do fisioterapeuta (homem com muitos conhecimentos) do clube (CFUnião), e perguntei-lhe o que achava dos médicos que me iam acompanhar agora…este disse que eram os melhores nesta área e eram muito atenciosos. Confiei e lá fui. Já sabendo que ia para serviço de neurocirurgia, mas sem grande noção do que era isso. Ao chegar, ao referido andar e ver uma placa a informar serviço de neurocirurgia…veio logo ao pensamento palavra cirurgia = operação. Comecei a questionar os Drs., neste caso Dr. Pedro Lima e Gil Bebiano – especializados em neurocirurgia, se o meu caso teria que ser submetido a uma operação!? A resposta era que primeiro iriam fazer certos exames para observarem o que estava na vértebra e então depois de analisarem tomariam uma decisão final. Falando do que poderia ser o meu problema, os médicos sempre me informaram que tinham algumas dúvidas se o que me invadia a vértebra seria uma hérnia ou outra doença. Para eles (médicos), até, talvez já suspeitavam de outra coisa, sem ser a hérnia…mas eles ao verem-me que me encontrava aflito por não andar normalmente, protegeram-me e falavam em um problemas menos grave (a tal hérnia). E Graças a Deus, tive sempre em cada andar dois Drs. a acompanharem-me. Sempre chorava, pois cada dia que passava ia-me apercebendo que possuía menos força nas pernas, o que se tornava muito complicado. À três meses atrás, jogava futebol e agora estava cada vez mais perto de uma cadeira de rodas. Cada vez mais, precisava da ajuda de terceiros (mãe, namorada, auxiliares e enfermeiros), para poder andar. Muitas das vezes era a namorada, pois esta desde o primeiro dia de internamento, em todo o tempo estava lá comigo. Para me acompanhar, como para ir falando com os Drs. da minha situação. Porque os médicos, nem sempre dizem aos doentes tudo. Até acho bem, pois o doente aí sente-se mal por estar hospitalizado e sabendo a doença (se é grave) pode piorar ainda mais. Voltando ao que me dificultava o meu andar e perder forças é o seguinte: era devido a algo estar a crescer junto a medula e estava a fazer pressão sobre a mesma, ou seja a medula estava ficando comprimida. É assim: a medula é a fonte de informação do cérebro para as pernas, como também para várias partes do corpo. Portanto, se está algo a fazer força sobre a referida medula, logo não há informação para as pernas e etc. Se não existe informação, as pernas não podem se mexer nem ter força. Era isto que me acontecia!
Por hoje será tudo, na próxima escrita, falo-vos o que me afectou mais devido a falta de informação, pois a medula estava sob pressão. E onde acabei por perder toda a força e por estar em cadeira de rodas.
P.S: Amigos, podem ler um post que coloquei entre o tópico “Novo internamento 8ºandar…” e “Dias antes da transferência de serviço…do 8º para o 7ºandar!”. Pois o que lá pus, aconteceu entre esses dois “temas”.
Abraço, Bom fim-de-semana

Um comentário:

Anônimo disse...

Pressão na medula... Imagino as consequências...
Um pouco da minha história: há cerca de 3 anos comecei a sentir a cabeça constantemente estonteada e dores que iam desde o pescoço à raiz dos cabelos. Uma sensação de bomba prestes a explodir na minha cabeça. Comecei a imaginar tinha um tumor na cabeça. Comecei a sofrer de ansiedade, deixei de dormir. Uns 3 meses depois tive uma crise de ansiedade mas, graças a Deus, como não queria ser vencida pela doença, corri logo nesse dia ao médico que me medicou muito bem e me fez superar isso rapidamente. O que me provocava todo esse mal-estar na cabeça foi descoberto uns dias depois, através de um RX e de um TAC: rectificação da normal lordose da cervical, ou seja, por outras palavras, estava a perder a curvatura normal da coluna cevical, o que leva a que as vértebras cervicais façam pressão sobre a medula e dificultem a oxigenação do cérebro; daí as dores de cabeça, o estonteamento e, consequentemente, a ansiedade por falta de oxigénio. Além disso, comecei a ter, e às vezes ainda tenho, algumas dores e dormência no braço esquerdo, mas aprendi a viver assim. Graças a Deus, fui "tratada" por um GRANDE Fisioterapeuta, o Dr. Marco Gonçalves, que me ajudou não só a nível físico mas também psicológico. Com ele fiz uma reeducação postural e quase um ano de ginásio intensivo.
Desde o início fui alertada para o facto de que este problema nãi teria cura, mas poderia melhorar os seus sintomas e aprender a viver com ele. E assim vou vivendo...
Portanto, nem de longe se pode equiparar o meu sofrimento ao teu, mas acredita que posso imaginar melhor do que a maioria das pessoas aquilo por que passaste...

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