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quarta-feira, 4 de junho de 2008

7ºandar, ficar sem andar…cadeira de rodas!

1-Algália



2-Saco Colector

Nesta altura estava em apuros e muito mal, por sentir constantemente “choques” nos membros inferiores, quase até cair, muito formigueiro nos pés, como também perda de sensibilidade nas pernas. Pior era, perceber que cada vez mais me via a ficar sem andar! Contudo quando estava na cama de dia ou mesmo à noite, era mais complicado para me virar, pois não conseguia, precisava de ajuda. Tinha alguma força, porque ainda andava mais ou menos de pé, agarrado a alguém mas ia. Sozinho é que não. Mas para me virar de um lado para o outro, não era capaz, isto porque eu fazia força mas as pernas não vinham. A única solução era eu próprio agarrar nas pernas e puxá-las…era assim que ia passando, quando estava só, principalmente à noite. Porém o meu problema da coluna, em que algo estava a pressionar a medula, por vezes afecta mais partes do organismo. No meu caso…a bexiga. Cada dia que passava, no momento que ia urinar era um pesadelo, era uma demora para o conseguir! Até que um determinado dia…prendeu a urina. Fui à casa de banho e nada saía…esperei alguns minutos e nada era uma dor na barriga. A dor para urinar permaneceu e eu não conseguia urinar. Então, os enfermeiros resolveram algaliar-me. Todos vós deveis saber o que é este processo. Consiste em meterem um tubo no pénis e à posteriori a urina vai directamente para um saco. Assim, sempre que chegue urina à bexiga, sai. No momento deste procedimento, ui ui, são minutos de algum sofrimento.
Os Drs. ao verem que eu tinha dificuldades para movimentar-me, informaram-me que agora se, eu pretendesse ir a algum lado ( no hospital) só o fazia de cadeira de rodas, para que assim não piorasse o que estava sobre a medula e na vértebra. No dia seguinte perdi a força totalmente, e então a partir deste dia só de cadeira de rodas. Não me aguentava mesmo nada em pé, mesmo tendo alguém eu não conseguia dar passos. As pernas ficaram, como dizem, bobas! Da cintura para baixo, era como não existisse. É extremamente complicado depararmo-nos com a realidade da cadeira. No dia seguinte os médicos disseram que o meu caso teria que ser submetido a uma intervenção cirúrgica. Correram rumores (mas nunca da boca de Drs., mas sim de terceiros), que teria que deslocar-me ao Porto ou Lisboa para ser operado, pois era a primeira vez que havia um caso como o meu na Madeira., num jovem e na coluna. Sinceramente, nunca liguei muito ao que diziam as outras pessoas, queria era me ver bem e contudo confiava nos médicos. Todavia, no dia seguinte, recebo a notícia da boca dos médicos que a operação iria realizar-se na Madeira e para não me preocupar que iriam tomar conta de mim. Nesta conversa com os médicos, estes já me esclareceram o dia da operação, seria dia 17 de Outubro. Mas antes teria que cumprir um exame – ressonância magnética, para melhor aperfeiçoamento, melhor localização do enigma (que a mim diziam ser uma hérnia), do mesmo modo puderem estudar como iam me operar e etc. Com este exame conseguia melhor diagnóstico, imagens mais profundas do que um raio-x ou mesmo uma Tac.
Bem, amigo, por hoje será tudo. No próximo post descreverei o exame que era para um dia e depois anteciparam, como relatarei os dias que antecedentes da operação e como cheguei a nem sequer ser permitido andar na cadeira, somente deitado vários dias.
P.S: Nas figuras podem observar os componentes necessários para estar algaliado. Resumidamente: Trata-se de meterem a algália (1) no pénis e logo depois encherir o saco colector (2) na algália. Como podem observar na imagem 1, na ponta tem um balãozinho, pois este serve para quando chegar à bexiga, após introdução no pénis (ele entra vazio-o balão), é enchido com água destilada e ficar preso no interior da bexiga, para que assim não esteja constantemente a sair.
Abraço

Um comentário:

Salvador Vaz da Silva disse...

Amigo Nelson, cá vim ver o seu blog como me pediu e estive a ler a sua história - complicada, hein?

Mas com Força e preserverança lá se consegue levar esta vida a bom porto.

Se me permite uma sugestão, não devia moderar os comentários aqui deixados. Às vezes as pessoas não escrevem por essa razão.

Um abraço amigo de força,

Salvador

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