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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Apenas 2 dias…tanto!

Como puderam ler no domingo, saí para as urgências para estancar o sangue. No dia seguinte, ou seja, na segunda-feira, tinha uma consulta de otorrino, mas como ainda era cedo para a consulta e encontrava-me (como quase sempre) com dores, decidi entrar nas urgências de uma clínica do Funchal! Aí, escutaram-me várias vezes e fizeram vários exames. O médico informou-me que não era normal, um jovem ter tantas dores na coluna. E tentou ajudar…combinámos uma hora, para que eu passasse no hospital na quinta-feira seguinte, para realizar exames detalhados. Saí da clínica e como era dia de consulta de otorrinolaringologia, o Dr. que me acompanhava, ao ver-me e deparar-se com o meu estado, mandou-me logo realizar um TAC. Como a consulta era num consultório privado, o exame tinha que ser realizado numa clínica. Não perdi tempo e fui em direcção à clínica para marcação da TAC. Porém não havia vagas para o dia seguinte, e tinha que esperar uns dias para poder fazer. Então, fui ao encontro do fisioterapeuta do clube e este com os seus “conhecimentos” ajudou-me. E conseguiu que o fizesse no mesmo dia. Ao fim da tarde, com meus pais, eu e o fisioterapeuta, cumpri o respectivo exame. Quando já me encontrava em casa, estava um pouco ansioso para saber o que estava no relatório do exame, pois podiam descobrir a razão de tanto sofrimento! Ouço o telemóvel tocar…era o fisioterapeuta a me informar que tinha que comparecer no dia seguinte, para novos exames. Sim…pois os que realizei diagnosticaram umas manchas nas imagens. Tocou-me a palavra “manchas”, e ao mesmo tempo algum receio. Mas continuei sempre com pensamento positivo. Desta vez, no exame iriam injectar um produto, para melhor aperfeiçoamento das imagens. Contudo não poderia comer e o exame era só a meia tarde, salvo erro tinha que estar 6 horas em jejum. Isto, até agora, aconteceu tudo num só dia. Para terem, uma simples, noção de como era stressante e complicado, estar a atravessar tudo isto.
Era terça-feira, dia de repetir o exame e consequentemente, o pior dia de todos. Estava a preparar-me para exames, quando mais uma vez tive uma hemorragia. Esta foi mesmo grave…posso dizer que começou pelas 9h e só parou por volta das 20:00h (8h da noite)! Como estava impossível de controlar o sangue em casa, dirigi-me às urgências. Já tentara várias formas. Aqui, quando me dava de conta era só postas de sangue acumulado na garganta. Quando cuspia, eram montes de sangue, todo junto. Permaneci cerca de 3h lá e nada. Resolveram enviar-me para o hospital. Ao chegar, como sempre, sangue a escorrer, mas só daí a 1:30h…finalmente fui atendido. Fizeram-me várias perguntas, parecia um inquérito e eu com um pano no nariz com sangue… parecia que não estavam a ver! Passado um tempinho, tentaram estancar, mas nada. Controlou alguma coisa…mas não o suficiente, sempre saía algumas gotas. Puseram umas compressas, deram-me um saco com gelo e mandaram embora. Eu ainda perguntei “vou assim como estou?” e a resposta que obtive: “Não te preocupes que isso vai passar”. Meu pai enervado, ainda brigou lá. Afinal, como poderia vir assim? Mas não valeu de nada.
Estava muito calor, sentia-me aflito, chorava de desespero, pois era complicado respirar com algumas gotas de sangue sempre a saírem. E para mais, com tanto cansaço tinha que comer…mas não podia. Como sabem era terça-feira não podia ingerir alimentos, tinha que estar jejum para o exame que iria repetir! Enquanto, não era hora do exame, dirigi-me às urgências de uma clínica, infelizmente aqui não possuíam material suficiente para esta situação. Disseram que para isto, só indo ao hospital…mas isso já o tinha feito e nada. Eram horas do exame e como poderia realizá-lo da maneira que encontrava? A resposta: Não foi possível, por estar com sangue no nariz. O pessoal da clínica, incluindo alguns médicos não sabiam o que fazer. Tentaram contactar alguns médicos e os melhores. Graças a Deus conseguiram. Fui logo com ele que me atendeu no mesmo instante. Foi um Dr. que me tratou muito bem e que finalmente estancou a hemorragia para sempre. Fez um processo muito bom, em que principiou por meter uma luz com um fio da grossura de um esparguete, pelo nariz até chegar a garganta. Esta era uma luz com uma intensidade muito forte, que o objectivo era queimar a veia, pois segundo o médico, via-me a braços com uma rotura da veia nasal. Por fim, conseguiu queimar a veia. Em que depois se procedeu ao tamponamento. Este processo consiste em introduzir um “objecto” (tampão nasal), muito duro do tamanho de uma caneta, mas um pouco mais grosso desde o nariz até a garganta. Era mesmo muito horrível sentir tal coisa/impressão na garganta durante três dias. E de seguida, o que não esperava nem nunca pensei…internou-me, coisa que não queria ser. Disse-lhe mesmo que não queria, mas por fim, dei-lhe razão. Perguntou-me se queria piorar ainda mais. Então tive que aceitar, pois também não havia muitas saídas. Queria era ficar bem. O pior é que já era de noite e foi um internamento inesperado. Mas ele transmitiu-me que seriam de 3 a 4 dias.
E como podem reparar, não cheguei a realizar os exames que tinha combinado com o Dr. para a quinta-feira, uma vez que fui internado.
Bem, já me alonguei muito. Não quero massacrar-vos. Mas tudo isto aconteceu apenas em 2 dias, nos quais sofri muito. Na próxima escrita, falo-vos do “objecto” que tinha no nariz/garganta. Vou falar-vos de como era muito difícil dormir, comer e o incómodo que era tal coisa no nariz/garganta.
Desculpem o extenso que foi esta escrituração.
Abraço

Um comentário:

Anônimo disse...

Aquele exame da injecção que fizeste eu também o fiz.
Quando era pequena também tive uns problemas, desmaiava sem saber porque, fiz tac's e exames, nunca souberam porque, pois tudo estava "normal" felizmente, as coisas acalmaram. Fiquei na mesma com a incógnita do que se passou na altura.

Estou a adorar ler os teus posts. Acho que vou ler tudo hoje. Já me fizeste chorar! Obrigada pela partilha. *

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