Google
 

sábado, 7 de junho de 2008

Parte 2

Para perceberem este tópico, proponho que leiam primeiro a parte 1 “ressonância magnética…dias antes da operação! Parte 1”.
Continuando, neste mesmo dia 6, o médico deparou-se comigo em baixo, pois agora nem podia sair do quarto na cadeira de rodas. Não é bom estar numa cadeira, mas com esta ainda podia sair até ao corredor. Como o exame era no dia 10, e sendo um exame que, infelizmente não realizam no hospital, tinha que deslocar-me ao centro do Funchal. Assim, o Dr. ligou para o sítio onde efectuavam a ressonância e exigiu que antecipassem o meu exame, com alguma urgência. Então lá colocaram um dia antes…em vez da terça-feira (10) seria na segunda-feira (9). Todavia, recuar mais, seria impossível, pois ao domingo e ao sábado, está encerrado. Passei o fim-de-semana com dificuldades, sempre deitado, mas era a noite que me saturava. Pois, como sabem não alcançava o que queria, e se pretendesse virar-me teria que estar permanentemente a chamar de madrugada as enfermeiras. Sinceramente, nem dormia muito. De dia, passava mais calmo, devido as estar sempre alguém familiar comigo. Tive a sorte de estar sempre acompanhado. Pela manhã todos dias, chegava uma pessoa para estar ao meu lado. Muitas vezes era a namorada e outras a mãe. Pela tarde, estavam as duas e quem me visitasse. Durante dias de semana, meu pai terminava trabalho, todos dias sem falhar e logo ia visitar-me até as 20h, hora até o qual são permitidas visitas. Porém, as enfermeiras, percebiam minha situação e deixavam a família ficar até às 21h ou 21:30h. Sempre era mais um tempo com companhia. Desde já agradeço às enfermeiras pela compreensão.
Voltando à batalha, era segunda-feira, dia de cumprir o exame. Como já referi anteriormente, é um exame que se realiza fora do hospital. Tive que deslocar-me de maca desde o quarto, 7ºandar, até à ambulância, pois seria neste transporte que tinha que ir ao centro do Funchal. Também foi a única maneira, após aproximadamente 1 mês de internamento, poder sentir o ar da rua, a luz natural e etc. Lá fiz o exame, que não gosto, não pela dor, mas sim pelo incómodo. No meu caso, tive que estar totalmente debaixo da máquina, esta que faz imenso barulho e estar com os olhos perto do topo do aparelho sem conseguir ver mais nada, rrrrsstt….aproximadamente 1:30h, tempo que demorou a realizar a ressonância. No dia seguinte, no dia 10, os Drs. Pedro Lima e Gil Bebiano, informaram que iriam antecipar a minha operação. Em vez de dia 17, passava para dia 13 de Outubro, numa sexta-feira. Este recuo foi devido após terem analisado o diagnóstico do exame, depararem-se com algo mais urgente para intervir, não deixar avançar o meu problema e consequentemente tiveram certeza da minha doença. Contudo, a verdadeira doença só soube nos dias posteriores à intervenção cirúrgica. Eu até preferi saber, só depois e agradeço por não me alertarem para a minha doença antes. Confesso, que receei ser operado num dia 13 e numa sexta-feira, pois dizem que sexta-feira 13 é de azar. Nunca fui muito de acreditar nessas superstições, mas digo que nesta situação…fiquei algo nervoso. Mas minha mãe queria que fosse neste dia, pois 13 de Outubro é dia de Nossa Senhora de Fátima e assim iria tê-la a olhar por mim. Depois, já não me importei. Mesmo que não quisesse já estava marcado e não podiam permitir que a doença (?) tomasse conta de mim. Quem sabe são os médicos.
Sendo dia 10, faltavam 3 dias para a cirurgia. Os médicos alertaram só que era algo delicada e demoraria algo tempo a intervirem. Então, eles (Drs.), proibiram-me totalmente de me levantar, até me sentar na beira da cama. Seriam 3 dias totais de repouso, para melhor intervenção na coluna. Torna-se complicado, estar dias sempre deitado, só vendo tecto…teve que ser. O mais duro é tomar banho na cama…horrível, e do mesmo modo, mudam a roupa da cama, comigo deitado…não queiram ter essa sensação. E então comer? Lavar dentes? Dispenso descrição…imaginem! Prosseguindo, estava no 12, véspera de operação. Eu nem estava muito nervoso, também porque confiava na equipa médica, e também porque não tinha a noção das consequências graves que poderia ter se algo corresse mal. Tanto a verdadeira doença, como as possíveis consequências de algum erro durante a intervenção, só soube nos dias seguintes à cirurgia. O que queria era acordar bem e sem dores após a operação. À noite rezei, como sempre o fiz, para que corresse bem e fosse embora de uma vez, esta tortura que há quase 4 meses começou.
Já me alonguei muito, não vos massacro mais. Na próxima escrituração, relatarei momentos antecedentes e posteriores à operação.
Abraço, Bom Fim-de-Semana

Nenhum comentário:

Visitas

Vistas da página

investment adviser

Visitantes Originais

fast broadband